Eleições 2020
Política sem militância - I
Difícil as pessoas entenderem que fazer política é diferente de ser militante. O militante defende um político ou partido, independente de raciocínio crítico. O político torna-se herói, um deus infalível. Fazer política é manter independência, avaliar e escolher a cada momento, avaliando erros e acertos e escolhendo o melhor (ou o menos pior!).
Omitir-se nunca, pois a omissão é uma forma de delegar aos outros a sua escolha. A política é um compromisso que temos com a sociedade em que vivemos, é a contribuição que podemos dar para o bem estar de todos.
A nossa opinião é nossa! Podemos divergir, podemos convergir, mas nunca perder a independência. Assim como queremos ser independentes, devemos respeitar a independência dos demais. Política não pode se transformar em religião que tem fé, pregador e fiéis.... Em política somos partícipes de um mesmo projeto que deve ser o bem-estar de todos.
Estamos diante de mais um período eleitoral, não podemos iniciar a avaliação dos candidatos já tendo de antemão uma preferência e/ou uma exclusão. Hoje todos são merecedores de meu voto! No dia da eleição terei um escolhido!
Política sem militância - II
Primeiro: quero deixar claro o meu posicionamento intransigente na defesa do meio-ambiente.
Esta série de "posts" busca avaliar os candidatos a prefeitura em Porto Alegre e encontrar alguém que mereça a minha confiança. Não tenho nenhuma filiação política, portanto a minha avaliação é pessoal e baseada nas seguintes premissas:
- Não voto em quem não tenha compromisso com a natureza;
- Especificamente, a defesa das aves silvestres é inegociável.
- Sou frontalmente contra a caça. Os animais não merecem ser mortos para diversão.
- Não voto em candidato "ficha suja".
- Sou conservador e de direita, mas .... pragmático!
- Tenho memória e lembro o passado de cada candidato e partido.
Todos são bem-vindos para opinar. O diálogo é a melhor
solução!
Política sem militância - III
Ninguém pode esquecer que eleição municipal neste ano (2020) é base para a eleição de 2022! O seu vereador ou prefeito eleito neste ano, será cabo eleitoral de alguém em 2022. Não se pode desvincular a eleição municipal da estadual e federal!
É comum votarmos pensando em nossas amizades, em nossas parcerias e esquecer que o candidato hoje eleito, em 2022 estará fazendo campanha para alguém que você rejeita. É fundamental pensar em princípios gerais, eu penso na defesa da natureza, tema universal! Quem destroi a natureza ou não a preserva, não tem meu voto em qualquer nível de eleição.
Política sem militância - IV
Algumas coisas precisam ficar claras: - Votei no Bolsonaro sim!
Defendo o meio ambiente de forma intransigente. Quando alguém não respeita o meio ambiente,
tem a minha repulsa total, portanto Bolsonaro nunca mais!!!!!!! Certo?
Agora vamos às eleições em Porto Alegre.
Não voto em quem apoia Bolsonaro. Entendido? Portanto, não
voto em:
- Gustavo Paim (PP) - Declara apoio ao Bolsonaro;
- Sebastião Melo (MDB) - É do mesmo partido do infame Sartori que destruiu a FZB;
- Valter Nagelstein (PSD) - Declarado apoiador de Bolsonaro;
- Nelson Marchezan (PSDB) - aliado do PSL, partido do Bolsonaro.
Hoje o meu voto é contra a política de destruição do meio
ambiente.
Resta quem?
- Juliana Brizola (PDT) - trouxe Ciro Gomes (o grande coronel), para a sua campanha e declarou-se ao lado de Collares, imagina a Neuza Canabarro de volta!!!!
- João Derly (Republicanos) - parece ser bom, mas qual é a chance?
- Montserrat Martins (PV) - o PV brasileiro, abandonou a luta ambientalista para dedicar-se a luta política de esquerda......
- Rodrigo Maroni (PROS) - É pura piada!
- Fernanda Melchionna (PSOL); Júlio Flores (PSTU); Luiz Delvair (PCO) e Manuela D’Ávila (PCdoB) - todos farinha do mesmo saco!!!
Conclusão:
Primeiro turno - vou fechar um olho para o caudilho do Ceará
e o outro para a Neuza Canabarro e votar
na Juliana Brizola.
Segundo turno - Já aviso, apoiador de Bolsonaro não tem meu
voto.
Para vereador - Não vi ninguém de confiança, talvez vote numa legenda.
Votei no primeiro turno, a Juliana perdeu, agora sobraram Mello e Manuela. Difícil escolha, pois nenhum dos dois inspira confiança. Nenhum dos dois fez declaração explícita sobre a defesa do meio ambiente.
O que há contra cada um.
Manuela DÁvila (PCdoB):
- Pertence ao Partido Comunista, este é o pior ponto negativo.
- É "feminazi" (não falei feminista), defende aborto, desrespeito com a religião (embora assista missa em período eleitoral),
- Defende invasões do MST;
- Não expressa nenhum gesto de solidariedade com as vítimas da bandidagem.
- Não se manifesta sobre o meio ambiente.
- É do mesmo MDB do Sartori que destruiu a FZB e mandou os professores "buscarem piso no Tumelero"
- É do mesmo MDB do Brito que entregou a CEEE aos amigos da iniciativa privada, fez contrato de pedágios lesivos aos usuários e emancipou dezenas de municípios só por interesse eleitoreiro.
- Promete combater "privilégios". Quando político fala em privilégios, sempre tem em mente o funcionalismo público, nunca os CCs e apadrinhados políticos.
- Votou pela privatização da CEEE, da CRM e da Sulgás. Também votou a favor do Código Ambiental (PL 431/2019) que flexibiliza as licenças ambientais.
- Em 2016, no segundo turno, teve apoio do PCdoB que era aliado do PT de Raul Ponte que hoje é vice da Manuela. Confuso, não?
- Neste ano recebeu apoio, no segundo turno, do Gustavo Paim e do Valter Nagelstein, ambos defensores declarados do Bolsonaro!
- não me intimidei com o PCdoB. Sei que, hoje, muitos generais são "obedientes", mas acredito que haja algum que defenda a Pátria.
- o Melo está alinhado com o Bolsonaro, portanto não defende a natureza.
- o Melo é do mesmo MDB do Sartori e Brito, dois abonináveis!
- o vice do Melo, Ricardo Gomes, sentiu-se orgulhoso ao votar pela retirada de 3% de abono a cada 5 anos dos funcionários.
- por fim, não voto para "ganhar" eleição, voto para dizer o que penso. Nesta eleição preciso dizer ao Bolsonaro que ele não merece minha confiança.
- Melo alinhado a Bolsonaro e firme ao lado dele na eleição de 22.
- Melo vai fazer de tudo para privatizar a Carris e o DMAE, senguindo a trilha do Brito.
- o empresariado terá voz na prefeitura e a população ficará sem defesa diante da exploração econômica.
- a imagem de bom moço cederá lugar à truculência à moda Bolsonaro.
- os votos da Manuela não são dela e muitomenos do PCdoB, são, na maioria, anti-Bolsonaro.
- em 22 voto até no capeta, mas não voto no Bolsonaro.
- vou continuar lutando pelo meio ambiente e expressando repúdio por quem agride a natureza!
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