Entrega do pedido de impeachment de Collor |
Iniciado o processo de impeachment da Dilma, a militância
passou a bradar “não vai ter golpe!”. Fora o fato de que o PT pediu impeachment
de todos os presidentes adversários nos últimos tempos, os ministros do STF
declararam que é um processo constitucional. Imaginem que o próprio Tófoli
(ex-advogado do PT), posicionou-se sobre a legalidade do ato. Assim estabelecer
ligação entre impeachment e golpe é apenas uma demonstração de falta de
conhecimento ou safadeza.
O impeachment é um processo com características própria, com
o mesmo rigor formal da justiça comum, mas com alguns diferenciais em termos
processuais. O primeiro fato relevante é a origem. O impeachment tem base legal
na Constituição (artigo 86) e lei complementar (A Lei 1079/50), diferente do
processo civil ou penal que se rege pelos códigos civil, penal e de processos. A
mesma legislação que embasou o ato contra Collor, serve agora! No caso da
Dilma, a denúncia foi pelo jurista Miguel Reale Júnior e apresentada por
partidos de oposição (PSDB, DEM e outros). No caso de Collor a denúncia foi
feita pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), (Barbosa Lima Sobrinho) e
pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), (Marcelo Lavenère) e apresentada pelo
PT através dos deputados José Genuíno e José Dirceu ambos do PT.
No caso do impeachment, a Câmara dos Deputados apenas aceita
a admissão da denúncia e logo passa para o Senado, onde ocorre o processo
realmente. Depois de confirmado pela comissão e pelo plenário, inicia-se a fase
de instrução e logo após o julgamento. Os juízes, neste caso são os senadores,
sob a presidência do Presidente do STF. Para o julgamento, os senadores, como
qualquer juiz, forma opinião, aqui percebe-se a subjetividade do ato.
Quando um senador disser “sim” ou “não”, este veredito é
fruto da sua convicção e não diretamente do julgamento de mérito sobre as
famosas “pedaladas”. Aqui, percebe-se que o impeachment é uma decorrência de
toda a administração. Não há como escapar do julgamento da prática criminosa
marxista do governo petista. Os senadores não julgam as “pedaladas” mas a
autora do delito.
Por esta razão é que afirmo que haverá muito choro e ranger
de dentes, mas será tarde demais. Seria bem mais fácil ter governado de forma
honesta e para todos os brasileiros e não promover a divisão da sociedade em
classes a fim de implantar a revolução marxista no Brasil. Na verdade, no dia
da decisão, o que estará em jogo não é só o governo da Dilma, ou o PT é mais
uma vez o Brasil dizendo não ao marxismo, como já fez em 1935 (intentona
comunista de Prestes) e 1964!
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